Senado Aprova

Texto-base do projeto que amplia Supersimples

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (21) o texto-base do projeto que amplia o supersimples, sistema diferenciado de tributação para micro e pequenas empresas. antes que todas as emendas fossem votadas, a sessão no plenário foi encerrada. com isso, os senadores ainda precisarão se reunir nesta quarta-feira (22) ou na próxima semana para concluir a votação do texto.

A maior parte das mudanças previstas no texto entrará em vigor apenas em janeiro de 2018. O projeto já foi aprovado na câmara e passou por ações no senado. Dessa forma, ainda terá que retornar para a apreciação dos deputados quando tiver a votação concluída no senado. pela proposta, o limite de faturamento para que a empresa seja enquadrada na faixa de microempreendedora individual (MEI) será ampliado de R$ 60 mil para R$ 72 mil ao ano.

Para as Micro e Pequenas Empresas, esse teto crescerá de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões ao ano. O presidente do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Guilherme Afif Domingos, se demonstrou conformado com o texto.

“Nós queríamos mais, mas em função da pressão dos estados e da receita eu acho que saiu bom. eu queria que fosse ótimo”

disse, Afif.

Para ele, a ampliação do programa está menor que a esperada e o início de vigência somente em 2018 está muito distante. O único ponto do projeto com vigência mais rápida é um parcelamento especial de débitos. Depois de aprovado e regulamentado, será aberto um prazo de 90 dias para que os empresários possam aderir a um parcelamento de até 120 meses. O valor mínimo das parcelas será de R$ 300 para as Micro e Pequenas Empresas e de R$ 150 para o MEI. Não haverá redução de juros e multas. Afif comemorou o fato de o projeto criar um mecanismo que faz a tributação ter uma elevação mais suave quando a empresa passa a faturar mais.

Ele explicou que a cobrança atual é feita em “degraus” e passará a ser como uma “rampa”. na avaliação da relatora do texto, Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), negociações nos últimos dias permitiram aperfeiçoar o texto.

“Vai permitir ao pequeno e microempresário, hoje em extrema dificuldade no país, que possa não fechar as portas e ter condição de sobrevivência”.

afirmou a Senadora

Segundo ela, mudanças no texto vão reduzir o impacto para o governo. O projeto ainda amplia o porcentual do chamado “fator emprego“, instrumento de incentivo à geração de vagas e que é um critério para migração de categorias profissionais para tributações mais baixas.

A nova redação dificulta essa migração, já que vai exigir que a folha de salários corresponda a pelo menos 35% do faturamento da empresa para que ela possa migrar para a tabela com tributos menores. Antes, o porcentual era de 22,5%.

Fonte: UOL Notícias

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